Infância Latinoamericana. Num. 28. Jornada Internacional de Educação Infantil. Pensando com Irene

Infância Latinoamericana. Num. 28. Jornada Internacional de Educação Infantil. Pensando com Irene
Infância latinoamericana Português
1 de abril de 2020

Títol

Autor


Editorial. Num. 28. Jornada Internacional de Educação Infantil. Pensando com Irene

Infancia latinoamericana dedica este número monográfico à Jornada Internacional da Educação Infantil: infância, professoras e escola, realizado em 6 de julho de 2019, promovido e organizado pela Associação de Professoress Rosa Sensat, a Fundação Artur Martorell e a Fundação Marta Mata. Trata-se de documentar e compartilhar a riqueza das reflexões, análises e emoções que surgiram naquele dia em torno da figura pedagógica e pessoal de Irene Balaguer, professora de educação infantil e pedagoga.

Mercedes Blasi


História da revista. Revista Infancia Latinoamericana

IRENE
“Quem quer que nomeie, chama. E alguém vai, sem hora marcada, sem explicações, para o lugar onde o seu nome, dito ou pensado, o está chamando.
Quando isso acontece, tem-se o direito de acreditar que ninguém vai embora até que morra a palavra que esse chamado, ardente, lhe traz.”
Janela na memória (III). As palavras ambulantes. Eduardo Galeano. 1993.

Eulalia Mangado


Trajetória de Irene Balaguer. Irene incansável

Irene Balaguer Felip, Professora, professora de professoras e professores, lutadora, defensora dos Direitos da Criança; sempre trabalhou pela Pequena Infância, escola pública e democracia. Sua voz ressoou em diferentes instituições e países.

Assumpta Baig, Mercedes Blasi, Montse Jubete, Sílvia Morón, Montserrat Ramos, Clara Salido, Mª Josepa Udina, Josep Mª Villena, Pepa Òdena, Rosa Securun


De que infância estamos falando? Pensando com Irene Balaguer

Vamos começar esta mesa num dia que será muito intenso na reflexão pedagógica, no aprofundamento do pensamento político, social e pedagógico de Irene, que é o que nos une e hoje nos convoca. Discutir com ela tudo isso nos “vincula”, então vamos ver se somos capazes de nos “vincularmos” neste debate.

Mercedes Blasi


De que infância estamos falando? Algumas contribuições de Paulo Freire para pensar a infância e a educação

Escrever sobre Paulo Freire é o melhor modo de fazer uma homenagem à Irene Balaguer. Nossa amizade nasceu da partilha de um duplo desejo: oferecer uma educação infantil, com qualidade/cualidade, e possibilitar um outro mundo para as crianças viverem. Mais de uma vez Irene expressou sua admiração por Paulo Freire e sobre a possibilidade de a América Latina revitalizar o pensamento europeu. A revista Infância – Latinoamericana significava a oportunidade de construir uma história de colaboração, de discussão, de transformação. Partindo do pressuposto comum de defesa dos direitos da infância, porém reafirmando as diferenças de território, tradição, cultura e valores.

Maria Carmen Silveira Barbosa


De que infância estamos falando? Pensando com Irene Balaguer

Podemos falar de uma criança cujos direitos reconhecemos, de uma criança que, acima de tudo, tem o direito de ser criança e de viver sua infância.

Anna Lia Galardini


De que infância estamos falando? Pensando com Irene Balaguer

Gostaria também de frisar que a minha contribuição está pautada no contexto escolar, com seus projetos em construção, seus constantes debates, e também, não ocultemos, suas incoerências pedagógicas. Mas ser professora já é isso, não?

Eva Jansa


Que professores precisamos? A formação de professoras e professores e a democracia nos cenários de perplexidades das primeiras décadas do século XXI

O tema da formação de professores é relevante para quem pensa a educação tendo como premissas tanto a ideia do direito inalienável de todas e todos a percursos formativos significativos para viver com dignidade, quanto a perspectiva do papel inarredável do estado neste prosso.

Jaqueline Moll


Que professores precisamos? Quais professoras e professores para quais meninas e meninos?

Trabalho em San Cristóbal de las Casas, em Chiapas, dirigindo uma organização social chamada Melel Xojobal em uma pequena cidade de quase 200 mil habitantes. Em Melel, há 22 anos, acompanhamos meninas, meninos e adolescentes indígenas e suas famílias na promoção e defesa de seus direitos de bem viver. Com as meninas e meninos pequenos trabalhamos com 15 famílias no centro infantil “Arrumacos” e também levamos processos educativos para as ruas com meninas e meninos que acompanham suas famílias ao trabalho ou são trabalhadoras de feiras e espaços públicos.

Jennifer Haza Gutiérrez


Que professores precisamos?

Uma educadora é uma construção que se define e se desenvolve com sua própria comunidade. Cada território e cada escola têm sua realidade inter-relacionada graças a profissionais que possibilitam canais de participação com famílias, agentes sociais e instituições. Porém, é preciso levar a questão às escolas para falar de uma vez por todas com rigor de educação, e a questões como que infância, que educadores, que escola e que políticas, respostas se tecem em contínua adaptação às circunstâncias.

Sergio Diez


Que professores precisamos? Quem educa? Quem educamos? O “lugar” do educador

Educa quem o faz desde sua própria educação sentimental, desde a íntima conexão com sua própria bagagem cultural; uma bagagem cultural vivida, antes de tudo, como uma experiência estética pessoal. Educa quem permite que essa experiência o acompanhe inevitavelmente na sua vida profissional num belo exercício de tradução; como um impulso da própria maneira de viver a escola. “A arte – diz a professora Maite Pujol no prólogo do livro Arte e jogo (2009) – facilita o estabelecimento e a ampliação de conexões entre diferentes elementos do ambiente”. Quem educa deve fazê-lo desde a paixão pela cultura, atraído pela “inutilidade do inútil”, nos termos de Nuccio Ordine (2013) quando define “o inútil” referindo-se ao marco humanístico, ao conhecimento sem benefício. Educa quem chega ao cotidiano escolar com propostas expressivas, elaboradas e acompanhadas de expressões de toda espécie (literatura, arte, música, teatro, dança, etc.). Perdoem por trazer a água para o meu moinho, pois sou filóloga e gosto muito de literatura.

M. Carme Bernal Creus


Que escola queremos? Necessidade ou Direito?

Neste mundo em mudança, os direitos das crianças ocupam um lugar central. Trata-se de algo muito mais potente do que as necessidades: um compromisso da sociedade com seus filhos com vistas a garantir as condições ideais para seu desenvolvimento em nossa sociedade, em nossa cultura.

Agnès Szanto-Feder


Que escola queremos? Fora da sala, na natureza. Histórias do bosque.

Na Dinamarca, existem muitas escolas bosque para crianças. Com o passar dos anos, foram aumentando em número, então agora nos acostumamos com o fato de que elas fazem parte do cenário global. Já não é exótico e especial encontrar crianças e educadores nos bosques ou em qualquer outro espaço natural onde brincam ou exploram.

Claus Jensen


Que escola queremos? O direito à educação em uma escola pública, laica e de qualidade

Desde 1984 e até hoje, seja em Reggio Emilia ou em Barcelona, ​​minha história profissional e pessoal se confundiu muitas vezes com a de Irene, uma colega e amiga de verdade com quem muitas vezes compartilhei dúvidas e certezas, realidades e utopias, alegrias e beleza, mas também decepções e desgostos.

Uma escola pública e laica
Formação e cooperação no trabalho para uma escola de qualidade
Uma escola de portas abertas para uma educação democrática e participativa

Mara Davoli


Das políticas à escola. Por uma educação que respeite os direitos dos bebês e crianças

Inspirada por Irene Balaguer, que nos lembra da importância de entender as políticas públicas, para saber para onde elas nos levam, apresentarei a experiência que coordenei na cidade de São Paulo, quando era responsável pela Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação.

Os Indicadores de Qualidade ajudam-nos a não esquecer que os bebês, meninos e meninas são sujeitos de direitos humanos, são capazes, portadores de todas as melhores potencialidades da espécie humana, desde que os adultos com quem convivem e a sociedade o tenham conhecimento. e agir nessa direção.

Sonia Larrubia Valverde


Das políticas à escola. A Educação é sempre um discurso político

Conheci Irene Balaguer em 1986. Fui convidado pela Comissão Europeia para coordenar uma rede de especialistas – inicialmente conhecida como Rede de Atenção à Infância – que era responsável por “examinar a situação atual dos cuidados infantis na Comunidade Econômica Europeia com especial atenção para os efeitos nas oportunidades de emprego das mulheres, e para fazer recomendações à Comissão sobre políticas e serviços de acolhimento de crianças para facilitar e promover a igualdade de oportunidades para as mulheres ”. Não sei exatamente porque fui convidado para liderar este grupo, considerando que sou monolíngue e não sabia quase nada sobre serviços para a primeira infância em outros países europeus. Além disso, não sabia com quem iria trabalhar naquela rede; os membros especialistas da rede deveriam ser selecionados, de acordo com critérios que eu não conhecia, pelos governos ou agências governamentais dos Estados membros. A perspectiva não era muito promissora.

Peter Moss


Das políticas à escola. Em memória de Irene Balaguer

Quando recebi o convite para colaborar com a revista Latinoamericana (La Lati, como gostava de dizer Irene), pensei em não fazer a fala naquela tarde de julho em Barcelona não havia nada escrito da minha parte. IMPROVISEI, falei emocionada da memória de muitas, muitas horas de debates e planejamentos que Irene, Marta Mata (até sua morte), e eu dedicamos para que a política melhorasse a Educação Infantil, procurando os melhores caminhos, insistindo uma e outra vez.

Carmen Ferrero


Palavras para Irene

Nesta seção, encontramos diversos artigos dedicados a Irene:

Este conjunto de pequenos artigos nos fala sobre a dimensão pessoal, cultural, pedagógica, política e universal de Irene Balaguer.

Assumpta Baig


Associação de Professores Rosa Sensat

PENSANDO COM IRENE BALAGUER
Obrigada por me darem a oportunidade de pensar mais uma vez com Irene … e obrigada a todos os presentes, amigos e amigas, porque são vocês que dão sentido ao projeto coletivo pelo qual Irene sempre lutou e, acima de tudo, muito obrigada a quem veio de longe para estarmos juntos nesta jornada de celebração da vida e da infância.

Francina Martí Cartes


Fundação Artur Martorell

Irene nos deixou quando a Fundação Artur Martorell, que ela dirigia, completou cinquenta anos.

Sara Blasi


Mercedes Blasi

Lembrando de Irene

Hoje é um dia complicado, sempre que estive neste lugar partilhava a mesa com Irene, hoje o faço pensando nela… trouxe o texto escrito… não quero que as minhas emoções me traiam, desculpe, mas vou ler

Mercedes Blasi


Miquel Àngel Essomba



Philippe Meirieu

Para Irene
Irene Balaguer foi, por muitos anos, uma das colunas dorsais da Associação de Professores Rosa Sensat, que presidiu de 2006 a 2015. A associação foi criada em 1965 por Marta Mata, que lhe deu o nome de uma pedagoga catalã que havia morrido quatro anos antes, Rosa Sensat, que nascera em 1873 e começara a trabalhar como professora de educação maternal.

Revista Infância Latinoamericana (Portuguès)


Coletivo Infâncias Latino-americanas

Faltam-nos palavras para te descrever, dar conta de tua história, teu olhar, compromisso e presença.

Faltam-nos palavras para reconhecer a magnitude do caminho compartilhado desde 2005 quando, junto com Ofelia e Lica, imaginaram nossa revista Infancias Latinoamericanas.

Faltam-nos palavras para contornar tua ausência e procurar mantê-la aqui; à distância, a milhares de quilômetros, sabemos que nossas travessias são ponte, e como diz Cortázar, pusemos o piano e atravessamos. (no original: y como dice Cortázar ya hemos puesto el piano y lo hemos cruzado.)

Coletivo Infâncias Latino-americanas


Enric Batiste

Você também estava aqui, perplexa,
no meio desta viagem, esta viragem
no meio das ondas, nesta costa,
entre esta mesma areia, nesta areia,
movida pelo mar, entre este espaço.

Enric Batiste


Revista Infância Latinoamericana (Portuguès)


Palavras de Irene

Hoje, para lembrar Irene, planejei publicar seu discurso proferido há alguns anos em Reggio Emilia, no encontro internacional “Educazione e / è politica” (“Educação e / é política”). Naquele dia, foi a última vez que a vi, embora tenhamos tido muitas outras ocasiões para falar online e escrever um para o outro.

Irene Balaguer


Bibliografia de Irene

Da biblioteca queremos prestar homenagem com esta amostra bibliográfica a Irene, destacando seu trabalho nas revistas Rosa Sensat desde o início onde publicou artigos na revista Perspectiva Escolar e continuou em sua querida In-fàn-cia. Também suas colaborações em outras revistas de educação, suas publicações em conferências, congressos, livros, ……

Pau Raga


Créditos

Edita
Asociación de Maestros Rosa Sensat
www.rosasensat.org
Teléfono: +0034 93 481 73 73
latinoamericana@revistainfancia.org
ISSN 2014-5470
D. L. B-4019-2012

Redação
Elaboração e coordenação: Rosa Ferrer e Sílvia Morón

Teléfono: +0034 93 481 73 81
rosaferrer@rosasensat.org

Layout: Clara Elias
Projeto: Enric Satué

Tradução no dia: Alba Sala Bellfort e Angels Polo Mañá
Tradução dos artigos: Maria Lucchetti

Equipe de tradução do espanhol para o português:
Andréa Simões Rivero
Maria Carmen Silveira Barbosa
Mônica Appezzato Pinazza
Regina Ingrid Bragagnolo
Sonia Larrubia Valverde
Suely Amaral Mello

Brasil

Co-editores:

María Carmen Silveira Barbosa
Sônia Larrubia
Monica A. Pinazza
Ana Lucia Goulart de Faria
Suely Mello

Coordenação
Patricia Redondo
Argentina
María Carmen Silveira Barbosa
Brasil
María Victoria Peralta
Chile
Maribel Vergara Arboleda
Colombia
Anita Tacuri
Ecuador
Jennifer Haza
México
Marien Peggy Martínez
Paraguay
Rossina Vanessa Sánchez
Perú
Lala Mangado
Uruguay
Ramona Bolívar
Venezuela

Conselho
Argentina
BUENOS AIRES
Patricia Redondo
Stella Maris Bellone
Alejandra Bianciotti
Margarita Botaya
Elisa Castro
Claudia Cuestas
Patricia Kaczmarzyck
Patricia Lande
Mónica Lucena
María Ana Manzione
Cristina Ángela Martínez
Silvina Mazzoleni
Viviana Rancaño
María Silvia Rebagliati
Alejandra Sokolowicz
Daniela Sposato
Mónica Vitta
Laura Vilte

Brasil
RIO GRANDE DO SUL
Sandra Regina Simonis Richter
Susana Fernandes
Marta Quintanilha Gomes
Jaqueline Moll

SANTA CATARINA
Altino Martins Filho
Roselane Campos

PARANÁ
Catarina de Souza
Gizele de Souza
Carla Agulham

SÃO PAULO
Ana Paula Soares Silva
Anete Abramowicz

RIO DE JANEIRO
Ligia Aquino
Fernanda Bortone

DISTRITO FEDERAL
Maria Aparecida Carrano

MINAS GERAIS
Isabel de Oliveira e Silva
Lívia Maria Fraga Vieira
Mônica Ângela de A. Meyer
Vanessa Ferraz Almeida Neves
Rita Coelho

CEARA
Silvia Helena Vieira Cruz

BAHIA
Marlene Oliveira dos Santos

MARANHÃO
Fabiana Oliveira Canavieira

ALAGOAS
Telma Vitória
Lenira Haddad

SERGIPE
Maria Cristina Martins

Colombia
Bogotá
Maribel Vergara Arboleda
Alice Marcela Gutiérrez
Liliana Bohórquez
Constanza Alarcón
Clara Inés Sánchez
Johanna Quiroga
Ruth Stella Chacon
Viviana Torres
Sandra Duran
Medellín
Alejandra María Restrepo
girardot
Patrica Alvis Orjuela

Cuba
Olga Franco Garcia

Chile
María Victoria Peralta
Ximena Araya Aguirre
Irma Branttes Morales
Eugenia Aránguiz Dinamarca
Nuri Gárate Acosta
Alicia Lobos Sandoval
Nadra Fajardín Pizarro
Eliana Corsi Peñaloza
Loreto Salinas
Pamela Díaz
Ximena Venegas Córdova
Fernanda Mira Fernández

Ecuador
Anita Tacuri
Magaly Cordova Jaramillo
Ruth Rios Bayas
Rosa Chavez Barrionuevo
Carolina Larrea Astudillo

España
Rosa Ferrer
Alba Tafunell
Mercedes Blasi
Silvia Morón
Reina Capdevila
Gabriel Potrony

Guatemala
Sebastina Seto

México
Jennifer Haza
René Sánchez
Norma Castillo
Martha Baldenegro
Laura Emilia Moreno Rodríguez
Eloina Campos

Paraguay
Ana Basso
Marijo Beiga
Odila Benítez
María Elena Cuevas
Maricha Heiseke
Marien Peggy Martínez Stark
Patricia Misiego
Claudia Pacheco
Nelly Ramírez
Bell Sánchez
Marcela Scaglia
María Victoria Servin

Perú
Cecilia Noriega Ludwick
Rosina Vanessa Sánchez Jiménez
Elena Velaochaga de Le Bienvenu
Olga Patricia Vergara Bao

Uruguay
Alicia Milán
Javier Alliaume
Mª. Ema Disego
Adriana Espasandin
Yolanda Oyarbide
Lala Mangado
Gabriela González

Venezuela
Guadalupe Ballesteros
Ramona Bolívar
Faviola Escobar
Reina Galindo
Luisa Martínez
Freija Ortega
Mariangel Rodríguez
María Eugenia Gómez

Revista Infância Latinoamericana (Portuguès)

Títol


Editorial. Num. 28. Jornada Internacional de Educação Infantil. Pensando com Irene

Infancia latinoamericana dedica este número monográfico à Jornada Internacional da Educação Infantil: infância, professoras e escola, realizado em 6 de julho de 2019, promovido e organizado pela Associação de Professoress Rosa Sensat, a Fundação Artur Martorell e a Fundação Marta Mata. Trata-se de documentar e compartilhar a riqueza das reflexões, análises e emoções que surgiram naquele dia em torno da figura pedagógica e pessoal de Irene Balaguer, professora de educação infantil e pedagoga.

Autor


Mercedes Blasi


Títol


História da revista. Revista Infancia Latinoamericana

IRENE
“Quem quer que nomeie, chama. E alguém vai, sem hora marcada, sem explicações, para o lugar onde o seu nome, dito ou pensado, o está chamando.
Quando isso acontece, tem-se o direito de acreditar que ninguém vai embora até que morra a palavra que esse chamado, ardente, lhe traz.”
Janela na memória (III). As palavras ambulantes. Eduardo Galeano. 1993.

Autor


Eulalia Mangado


Títol


Trajetória de Irene Balaguer. Irene incansável

Irene Balaguer Felip, Professora, professora de professoras e professores, lutadora, defensora dos Direitos da Criança; sempre trabalhou pela Pequena Infância, escola pública e democracia. Sua voz ressoou em diferentes instituições e países.

Autor


Assumpta Baig, Mercedes Blasi, Montse Jubete, Sílvia Morón, Montserrat Ramos, Clara Salido, Mª Josepa Udina, Josep Mª Villena, Pepa Òdena, Rosa Securun


Títol


De que infância estamos falando? Pensando com Irene Balaguer

Vamos começar esta mesa num dia que será muito intenso na reflexão pedagógica, no aprofundamento do pensamento político, social e pedagógico de Irene, que é o que nos une e hoje nos convoca. Discutir com ela tudo isso nos “vincula”, então vamos ver se somos capazes de nos “vincularmos” neste debate.

Autor


Mercedes Blasi


Títol


De que infância estamos falando? Algumas contribuições de Paulo Freire para pensar a infância e a educação

Escrever sobre Paulo Freire é o melhor modo de fazer uma homenagem à Irene Balaguer. Nossa amizade nasceu da partilha de um duplo desejo: oferecer uma educação infantil, com qualidade/cualidade, e possibilitar um outro mundo para as crianças viverem. Mais de uma vez Irene expressou sua admiração por Paulo Freire e sobre a possibilidade de a América Latina revitalizar o pensamento europeu. A revista Infância – Latinoamericana significava a oportunidade de construir uma história de colaboração, de discussão, de transformação. Partindo do pressuposto comum de defesa dos direitos da infância, porém reafirmando as diferenças de território, tradição, cultura e valores.

Autor


Maria Carmen Silveira Barbosa


Títol


De que infância estamos falando? Pensando com Irene Balaguer

Podemos falar de uma criança cujos direitos reconhecemos, de uma criança que, acima de tudo, tem o direito de ser criança e de viver sua infância.

Autor


Anna Lia Galardini


Títol


De que infância estamos falando? Pensando com Irene Balaguer

Gostaria também de frisar que a minha contribuição está pautada no contexto escolar, com seus projetos em construção, seus constantes debates, e também, não ocultemos, suas incoerências pedagógicas. Mas ser professora já é isso, não?

Autor


Eva Jansa


Títol


Que professores precisamos? A formação de professoras e professores e a democracia nos cenários de perplexidades das primeiras décadas do século XXI

O tema da formação de professores é relevante para quem pensa a educação tendo como premissas tanto a ideia do direito inalienável de todas e todos a percursos formativos significativos para viver com dignidade, quanto a perspectiva do papel inarredável do estado neste prosso.

Autor


Jaqueline Moll


Títol


Que professores precisamos? Quais professoras e professores para quais meninas e meninos?

Trabalho em San Cristóbal de las Casas, em Chiapas, dirigindo uma organização social chamada Melel Xojobal em uma pequena cidade de quase 200 mil habitantes. Em Melel, há 22 anos, acompanhamos meninas, meninos e adolescentes indígenas e suas famílias na promoção e defesa de seus direitos de bem viver. Com as meninas e meninos pequenos trabalhamos com 15 famílias no centro infantil “Arrumacos” e também levamos processos educativos para as ruas com meninas e meninos que acompanham suas famílias ao trabalho ou são trabalhadoras de feiras e espaços públicos.

Autor


Jennifer Haza Gutiérrez


Títol


Que professores precisamos?

Uma educadora é uma construção que se define e se desenvolve com sua própria comunidade. Cada território e cada escola têm sua realidade inter-relacionada graças a profissionais que possibilitam canais de participação com famílias, agentes sociais e instituições. Porém, é preciso levar a questão às escolas para falar de uma vez por todas com rigor de educação, e a questões como que infância, que educadores, que escola e que políticas, respostas se tecem em contínua adaptação às circunstâncias.

Autor


Sergio Diez


Títol


Que professores precisamos? Quem educa? Quem educamos? O “lugar” do educador

Educa quem o faz desde sua própria educação sentimental, desde a íntima conexão com sua própria bagagem cultural; uma bagagem cultural vivida, antes de tudo, como uma experiência estética pessoal. Educa quem permite que essa experiência o acompanhe inevitavelmente na sua vida profissional num belo exercício de tradução; como um impulso da própria maneira de viver a escola. “A arte – diz a professora Maite Pujol no prólogo do livro Arte e jogo (2009) – facilita o estabelecimento e a ampliação de conexões entre diferentes elementos do ambiente”. Quem educa deve fazê-lo desde a paixão pela cultura, atraído pela “inutilidade do inútil”, nos termos de Nuccio Ordine (2013) quando define “o inútil” referindo-se ao marco humanístico, ao conhecimento sem benefício. Educa quem chega ao cotidiano escolar com propostas expressivas, elaboradas e acompanhadas de expressões de toda espécie (literatura, arte, música, teatro, dança, etc.). Perdoem por trazer a água para o meu moinho, pois sou filóloga e gosto muito de literatura.

Autor


M. Carme Bernal Creus


Títol


Que escola queremos? Necessidade ou Direito?

Neste mundo em mudança, os direitos das crianças ocupam um lugar central. Trata-se de algo muito mais potente do que as necessidades: um compromisso da sociedade com seus filhos com vistas a garantir as condições ideais para seu desenvolvimento em nossa sociedade, em nossa cultura.

Autor


Agnès Szanto-Feder


Títol


Que escola queremos? Fora da sala, na natureza. Histórias do bosque.

Na Dinamarca, existem muitas escolas bosque para crianças. Com o passar dos anos, foram aumentando em número, então agora nos acostumamos com o fato de que elas fazem parte do cenário global. Já não é exótico e especial encontrar crianças e educadores nos bosques ou em qualquer outro espaço natural onde brincam ou exploram.

Autor


Claus Jensen


Títol


Que escola queremos? O direito à educação em uma escola pública, laica e de qualidade

Desde 1984 e até hoje, seja em Reggio Emilia ou em Barcelona, ​​minha história profissional e pessoal se confundiu muitas vezes com a de Irene, uma colega e amiga de verdade com quem muitas vezes compartilhei dúvidas e certezas, realidades e utopias, alegrias e beleza, mas também decepções e desgostos.

Uma escola pública e laica
Formação e cooperação no trabalho para uma escola de qualidade
Uma escola de portas abertas para uma educação democrática e participativa

Autor


Mara Davoli


Títol


Das políticas à escola. Por uma educação que respeite os direitos dos bebês e crianças

Inspirada por Irene Balaguer, que nos lembra da importância de entender as políticas públicas, para saber para onde elas nos levam, apresentarei a experiência que coordenei na cidade de São Paulo, quando era responsável pela Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação.

Os Indicadores de Qualidade ajudam-nos a não esquecer que os bebês, meninos e meninas são sujeitos de direitos humanos, são capazes, portadores de todas as melhores potencialidades da espécie humana, desde que os adultos com quem convivem e a sociedade o tenham conhecimento. e agir nessa direção.

Autor


Sonia Larrubia Valverde


Títol


Das políticas à escola. A Educação é sempre um discurso político

Conheci Irene Balaguer em 1986. Fui convidado pela Comissão Europeia para coordenar uma rede de especialistas – inicialmente conhecida como Rede de Atenção à Infância – que era responsável por “examinar a situação atual dos cuidados infantis na Comunidade Econômica Europeia com especial atenção para os efeitos nas oportunidades de emprego das mulheres, e para fazer recomendações à Comissão sobre políticas e serviços de acolhimento de crianças para facilitar e promover a igualdade de oportunidades para as mulheres ”. Não sei exatamente porque fui convidado para liderar este grupo, considerando que sou monolíngue e não sabia quase nada sobre serviços para a primeira infância em outros países europeus. Além disso, não sabia com quem iria trabalhar naquela rede; os membros especialistas da rede deveriam ser selecionados, de acordo com critérios que eu não conhecia, pelos governos ou agências governamentais dos Estados membros. A perspectiva não era muito promissora.

Autor


Peter Moss


Títol


Das políticas à escola. Em memória de Irene Balaguer

Quando recebi o convite para colaborar com a revista Latinoamericana (La Lati, como gostava de dizer Irene), pensei em não fazer a fala naquela tarde de julho em Barcelona não havia nada escrito da minha parte. IMPROVISEI, falei emocionada da memória de muitas, muitas horas de debates e planejamentos que Irene, Marta Mata (até sua morte), e eu dedicamos para que a política melhorasse a Educação Infantil, procurando os melhores caminhos, insistindo uma e outra vez.

Autor


Carmen Ferrero


Títol


Palavras para Irene

Nesta seção, encontramos diversos artigos dedicados a Irene:

Este conjunto de pequenos artigos nos fala sobre a dimensão pessoal, cultural, pedagógica, política e universal de Irene Balaguer.

Autor


Assumpta Baig


Títol


Associação de Professores Rosa Sensat

PENSANDO COM IRENE BALAGUER
Obrigada por me darem a oportunidade de pensar mais uma vez com Irene … e obrigada a todos os presentes, amigos e amigas, porque são vocês que dão sentido ao projeto coletivo pelo qual Irene sempre lutou e, acima de tudo, muito obrigada a quem veio de longe para estarmos juntos nesta jornada de celebração da vida e da infância.

Autor


Francina Martí Cartes


Títol


Fundação Artur Martorell

Irene nos deixou quando a Fundação Artur Martorell, que ela dirigia, completou cinquenta anos.

Autor


Sara Blasi


Títol


Mercedes Blasi

Lembrando de Irene

Hoje é um dia complicado, sempre que estive neste lugar partilhava a mesa com Irene, hoje o faço pensando nela… trouxe o texto escrito… não quero que as minhas emoções me traiam, desculpe, mas vou ler

Autor


Mercedes Blasi


Títol


Miquel Àngel Essomba

Autor


Miquel Àngel Essomba


Títol


Irene Balaguer e o “Diari d’Educació”

Autor


El Diari de l’Educació


Títol


Philippe Meirieu

Para Irene
Irene Balaguer foi, por muitos anos, uma das colunas dorsais da Associação de Professores Rosa Sensat, que presidiu de 2006 a 2015. A associação foi criada em 1965 por Marta Mata, que lhe deu o nome de uma pedagoga catalã que havia morrido quatro anos antes, Rosa Sensat, que nascera em 1873 e começara a trabalhar como professora de educação maternal.

Autor


Revista Infância Latinoamericana (Portuguès)


Títol


Coletivo Infâncias Latino-americanas

Faltam-nos palavras para te descrever, dar conta de tua história, teu olhar, compromisso e presença.

Faltam-nos palavras para reconhecer a magnitude do caminho compartilhado desde 2005 quando, junto com Ofelia e Lica, imaginaram nossa revista Infancias Latinoamericanas.

Faltam-nos palavras para contornar tua ausência e procurar mantê-la aqui; à distância, a milhares de quilômetros, sabemos que nossas travessias são ponte, e como diz Cortázar, pusemos o piano e atravessamos. (no original: y como dice Cortázar ya hemos puesto el piano y lo hemos cruzado.)

Autor


Coletivo Infâncias Latino-americanas


Títol


Enric Batiste

Você também estava aqui, perplexa,
no meio desta viagem, esta viragem
no meio das ondas, nesta costa,
entre esta mesma areia, nesta areia,
movida pelo mar, entre este espaço.

Autor


Enric Batiste


Títol


Anna Casanova, Montserrat Soldevila e Mariano Dolci

Autor


Revista Infância Latinoamericana (Portuguès)


Títol


Palavras de Irene

Hoje, para lembrar Irene, planejei publicar seu discurso proferido há alguns anos em Reggio Emilia, no encontro internacional “Educazione e / è politica” (“Educação e / é política”). Naquele dia, foi a última vez que a vi, embora tenhamos tido muitas outras ocasiões para falar online e escrever um para o outro.

Autor


Irene Balaguer


Títol


Bibliografia de Irene

Da biblioteca queremos prestar homenagem com esta amostra bibliográfica a Irene, destacando seu trabalho nas revistas Rosa Sensat desde o início onde publicou artigos na revista Perspectiva Escolar e continuou em sua querida In-fàn-cia. Também suas colaborações em outras revistas de educação, suas publicações em conferências, congressos, livros, ……

Autor


Pau Raga


Títol


Créditos

Edita
Asociación de Maestros Rosa Sensat
www.rosasensat.org
Teléfono: +0034 93 481 73 73
latinoamericana@revistainfancia.org
ISSN 2014-5470
D. L. B-4019-2012

Redação
Elaboração e coordenação: Rosa Ferrer e Sílvia Morón

Teléfono: +0034 93 481 73 81
rosaferrer@rosasensat.org

Layout: Clara Elias
Projeto: Enric Satué

Tradução no dia: Alba Sala Bellfort e Angels Polo Mañá
Tradução dos artigos: Maria Lucchetti

Equipe de tradução do espanhol para o português:
Andréa Simões Rivero
Maria Carmen Silveira Barbosa
Mônica Appezzato Pinazza
Regina Ingrid Bragagnolo
Sonia Larrubia Valverde
Suely Amaral Mello

Brasil

Co-editores:

María Carmen Silveira Barbosa
Sônia Larrubia
Monica A. Pinazza
Ana Lucia Goulart de Faria
Suely Mello

Coordenação
Patricia Redondo
Argentina
María Carmen Silveira Barbosa
Brasil
María Victoria Peralta
Chile
Maribel Vergara Arboleda
Colombia
Anita Tacuri
Ecuador
Jennifer Haza
México
Marien Peggy Martínez
Paraguay
Rossina Vanessa Sánchez
Perú
Lala Mangado
Uruguay
Ramona Bolívar
Venezuela

Conselho
Argentina
BUENOS AIRES
Patricia Redondo
Stella Maris Bellone
Alejandra Bianciotti
Margarita Botaya
Elisa Castro
Claudia Cuestas
Patricia Kaczmarzyck
Patricia Lande
Mónica Lucena
María Ana Manzione
Cristina Ángela Martínez
Silvina Mazzoleni
Viviana Rancaño
María Silvia Rebagliati
Alejandra Sokolowicz
Daniela Sposato
Mónica Vitta
Laura Vilte

Brasil
RIO GRANDE DO SUL
Sandra Regina Simonis Richter
Susana Fernandes
Marta Quintanilha Gomes
Jaqueline Moll

SANTA CATARINA
Altino Martins Filho
Roselane Campos

PARANÁ
Catarina de Souza
Gizele de Souza
Carla Agulham

SÃO PAULO
Ana Paula Soares Silva
Anete Abramowicz

RIO DE JANEIRO
Ligia Aquino
Fernanda Bortone

DISTRITO FEDERAL
Maria Aparecida Carrano

MINAS GERAIS
Isabel de Oliveira e Silva
Lívia Maria Fraga Vieira
Mônica Ângela de A. Meyer
Vanessa Ferraz Almeida Neves
Rita Coelho

CEARA
Silvia Helena Vieira Cruz

BAHIA
Marlene Oliveira dos Santos

MARANHÃO
Fabiana Oliveira Canavieira

ALAGOAS
Telma Vitória
Lenira Haddad

SERGIPE
Maria Cristina Martins

Colombia
Bogotá
Maribel Vergara Arboleda
Alice Marcela Gutiérrez
Liliana Bohórquez
Constanza Alarcón
Clara Inés Sánchez
Johanna Quiroga
Ruth Stella Chacon
Viviana Torres
Sandra Duran
Medellín
Alejandra María Restrepo
girardot
Patrica Alvis Orjuela

Cuba
Olga Franco Garcia

Chile
María Victoria Peralta
Ximena Araya Aguirre
Irma Branttes Morales
Eugenia Aránguiz Dinamarca
Nuri Gárate Acosta
Alicia Lobos Sandoval
Nadra Fajardín Pizarro
Eliana Corsi Peñaloza
Loreto Salinas
Pamela Díaz
Ximena Venegas Córdova
Fernanda Mira Fernández

Ecuador
Anita Tacuri
Magaly Cordova Jaramillo
Ruth Rios Bayas
Rosa Chavez Barrionuevo
Carolina Larrea Astudillo

España
Rosa Ferrer
Alba Tafunell
Mercedes Blasi
Silvia Morón
Reina Capdevila
Gabriel Potrony

Guatemala
Sebastina Seto

México
Jennifer Haza
René Sánchez
Norma Castillo
Martha Baldenegro
Laura Emilia Moreno Rodríguez
Eloina Campos

Paraguay
Ana Basso
Marijo Beiga
Odila Benítez
María Elena Cuevas
Maricha Heiseke
Marien Peggy Martínez Stark
Patricia Misiego
Claudia Pacheco
Nelly Ramírez
Bell Sánchez
Marcela Scaglia
María Victoria Servin

Perú
Cecilia Noriega Ludwick
Rosina Vanessa Sánchez Jiménez
Elena Velaochaga de Le Bienvenu
Olga Patricia Vergara Bao

Uruguay
Alicia Milán
Javier Alliaume
Mª. Ema Disego
Adriana Espasandin
Yolanda Oyarbide
Lala Mangado
Gabriela González

Venezuela
Guadalupe Ballesteros
Ramona Bolívar
Faviola Escobar
Reina Galindo
Luisa Martínez
Freija Ortega
Mariangel Rodríguez
María Eugenia Gómez

Autor


Revista Infância Latinoamericana (Portuguès)

Títol

Autor


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