As 100 linguagens da infância. O valor da diversidade nas linguagens infantis

Alba Mejias Jiménez
As propostas de ação que se planejam nas escolas infantis devem acolher e responder desde a diversidade a cada uma das individualidades que compõem os grupos, para que todos os meninos e meninas dos 0 aos 6 anos possam encontrar sua própria voz também na expressão plástica.
Os meninos e meninas dos 0 aos 6 anos têm direito a encontrar um lugar na educação infantil que apoie o seu crescimento e aprendizagem. Este crescimento e aprendizagem são diversos no tempo e na forma, em função das múltiplas características individuais que nos tornam diferentes uns dos outros. Será o reconhecimento das diferenças individuais que constituem os grupos, o lugar onde a diversidade encontra o marco natural para o desenvolvimento do projeto educativo de cada escola.
Isto significa que nós, profissionais, rompemos com metodologias, conteúdos ou propostas homogeneizadoras, em que só é possível uma resposta ou ação válida por parte dos meninos e meninas, gerando contextos diários de ensino e aprendizagem que não só aceitam as diferenças individuais inerentes aos grupos, mas sim que fazem com que essa pluralidade encontre canais para se expressar.
As propostas ligadas à expressão plástica são uma boa oportunidade para colocar às crianças em situações que possam tomar iniciativas, fazer observações e experiências… sugestivas que contribuam para que cada um/a se aproxime a partir da sua individualidade.
Meninos e meninas poderão encontrar seus próprios caminhos na medida em que a escola ofereça propostas de ação que lhes dêem liberdade para dar uma resposta heterogênea, sem buscar a reprodução de modelos estereotipados. Quando temos a homogeneização das propostas são proporcionadas a todos/as as mesmas oportunidades de aprendizagem, nada mais é do que ignorar a diferença entre igualdade e equidade. Gerando distanciamento entre a infância e a criatividade e as inúmeras possibilidades de expressão que as propostas artísticas nos oferecem.

O papel dos/as professores/as é arriscar, ter coragem e ousar sair dos caminhos já trilhados, ajudando cada criança a descobrir as múltiplas oportunidades que estão escondidas em cada proposta, em cada material. Promover a diversidade de respostas à mesma pergunta… e a múltiplas perguntas, pois nem todos/as têm de fazer a mesma pergunta. Não se pretende que meninos e meninas tenham a possibilidade de representar a mesma coisa de formas diferentes, e nem que todos/as tenham que representá-la. Trata-se de construir a escola como um lugar onde a diversidade da sociedade tenha espaço, atendendo a esses/as pequenos/as cidadãos/dãs, mas não por isso menores.

Em última análise, trata-se de compreender a diversidade como eixo organizador da atividade educativa na educação infantil. Oferecer múltiplas propostas de expressão, com diferentes suportes, materiais, agrupamentos, momentos… para que cada um/a encontre o SEU caminho.

Existem diferenças na forma como um menino ou uma menina se expressam numa proposta individual ou coletiva, por isso é importante que as propostas sejam organizadas em diferentes grupos na escola, desde os individuais até os de pequenos grupos e coletivos, no qual todas as crianças do grupo participam. As propostas plásticas podem ser organizadas em oficinas, mas também em torno dos projetos que se desenvolvem em sala ou como espaço de atividade em que os meninos e as meninas organizam autonomamente a sua ação, escolhendo como agir sobre o tema e como expressá-lo, desenvolvendo sua capacidade de tentar se organizar mental e fisicamente em relação ao meio ambiente.
É interessante também observar como, na medida em que são oferecidos diferentes apoios, as respostas e as possibilidades de expressão se diversificam. Horizontal no papel, horizontal no papelão áspero, vertical no cavalete… O mesmo acontece quando oferecemos vários materiais. As propostas plásticas são com têmpera, marcador, cera… mas também com recortes, com massa, com argila… E é nas múltiplas combinações que podemos encontrar com estes três asopectos onde é possível responder à diversidade para que cada menino e menina do grupo encontrem como responder por meio de sua forma como se expressar em todos os momentos.

Nas Escolas Infantis Municipais de Granada costumamos ver como, na medida em que colocamos à disposição das crianças diferentes possibilidades de expressão, elas mostram a diversidade nos seus processos e produções artísticas.

             

É comum encontrar painéis onde estão representados todos os membros de um grupo. Nestes trabalhos é especialmente interessante ver como toda esta diversidade se reflete nas produções coletivas, na medida em que se mantém um olhar e uma escuta do grupo e de cada um/a dos meninos e meninas que o compõem.

                      

Outras vezes, as produções individuais se refletem em propostas coletivas. Estas propostas exigem que o grupo faça acordos que incluam a diversidade de todos os seus componentes onde cada um/a sinta o prazer de construir juntos/as.

Por outro lado, nas propostas cotidianas de trabalho encontramos oportunidades para abordagens individuais
de experiências plásticas.

Algumas propostas que ocorrem de forma natural e habitual ano após ano são aquelas relacionadas ao meio ambiente, à cidade e ao bairro. Construir uma escola junto com o que e quem nos rodeia é um dos pilares em que se assenta o projeto. Mas só porque acontece regularmente não significa que seja sempre feito da mesma forma, nem que meninos e meninas do mesmo grupo, do mesmo ano, o vivenciem ou representem da mesma forma. Cada criança vive a experiência e vê o seu bairro a partir da sua individualidade, com o filtro das suas experiências e interesses anteriores e expressa-o como tal.

 

A diversidade de materiais e suportes nos primeiros anos é fundamental, pois muitos destes serão também as primeiras experiências sensoriais das crianças com determinadas texturas, temperaturas, pegadas… É o que acontece com o barro, uma proposta muito rica que pode tornar-se mais complexa e dependendo dos parâmetros com que dispomos (agrupamento, apoio, outros materiais…) permitirá a cada um dos meninos e meninas abordar este elemento e as suas qualidades de uma forma diversificada.
Con todo esto, sería importante no dejar de lado la idea de que las producciones plásticas en muchas ocasiones son efímeras, sin que esto conlleve que la planificación de la propuesta no se haga desde el mismo modelo divergente. Pues lo más importante no reside en el resultado final que se obtiene, no es la exposición o exhibición del producto… si no el proceso. El camino por el cual han transitado las criaturas, el disfrute y los aprendizajes que se producen durante su desarrollo. Esa experiencia que los niños y niñas se llevan al acercarse a un material plástico, desde la posibilidad de descubrir la multitud de respuestas que cada una de las criaturas puede dar en función de sus intereses e inquietudes personales.
Alba Mejias Jiménez

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